Andre Montanher

Com presença do Ministro do Trabalho, Luiz Marinho, a Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) lançou, nesta sexta-feira (19), a Frente Parlamentar pelo Combate ao Trabalho Análogo à Escravidão. Durante o lançamento, o Superintendente do Trabalho de São Paulo, Marcus Alves de Mello, destacou a necessidade de ampliar o efetivo de Auditores-Fiscais do Trabalho.

“Nos 100 primeiros dias do Governo Federal, resgatou-se o maior número de trabalhadores em condições análogas às de escravo desde 2008 – o maior patamar em 15 anos. Paralelamente às ações fiscais, não só as de combate ao trabalho escravo, temos o menor número de Auditores-Fiscais da história do Ministério”, afirmou.
A fala demonstra sintonia com a Delegacia Sindical do Sinait-SP, além do próprio Ministério do Trabalho e o Governo Federal – recentemente, a Casa Civil intercedeu junto ao Ministério de Gestão e Inovação em Serviços Públicos pela agilização do concurso para o órgão. “Imaginamos que o número de trabalhadores submetidos a estas condições seja bem maior do que o evidenciado nas ações”, continuou, sobre a atual falta de efetivo.
A cerimônia de início dos trabalhos da Frente Parlamentar contou com a presença do Auditor-Fiscal do Trabalho, Evandro Mesquita, representando o Grupo de Combate ao Trabalho Escravo do Estado de SP.

FRENTE
Idealizada e coordenada pelo deputado Paulo Fiorilo (PT), a Frente Parlamentar de Combate ao Trabalho Análogo à Escravidão é formada por 36 parlamentares, tendo sido oficializada em 26 de abril. Seu objetivo será concentrar as ações da Alesp no combate do problema, atuando em interação com os órgãos responsáveis e cobrando providências.
“A questão do trabalho análogo à escravidão está na pauta da sociedade brasileira, pois revela uma chaga terrível das nossas relações de trabalho. Chaga que só a Inspeção do Trabalho, equipada com efetivo adequado de Auditores, será capaz de sanar”, finalizou a presidenta do Sinait-SP, Ana Palmira Arruda Camargo.