Sinait leva problemática do trabalho escravo ao Fórum Social Mundial Justiça e Democracia

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Por Lourdes Marinho/Edição: Andrea Bochi

O Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais do Trabalho – Sinait participa do primeiro Fórum Social Mundial Justiça e Democracia (FSMJD), que será realizado em Porto Alegre (RS), no período de 26 a 30 de abril. O sindicato leva para o evento o problema do trabalho escravo, que será tratado por meio do lançamento de dois livros, de um filme e de debate sobre o tema. O objetivo é chamar a atenção da sociedade para o problema, bem como para o combate deste crime.

Auditores e Auditoras-Fiscais participarão também de discussões sobre a atuação das mulheres na construção da democracia e sobre alternativas para combater a reforma trabalhista.

São esperadas mais de 2 mil pessoas circulando no fórum, que conta com nomes do cenário nacional e internacional para debater assuntos relacionados à democracia, à justiça, à política e ao Estado.

São cinco os eixos do evento: Democracia e as Forças Sociais, Capitalismo e Desigualdades, Direitos de Grupos Vulnerabilizados, Comunicação e Tecnologias, e Cultura.

Lançamento de livros

No dia 28 de abril, às 15h30, no Mezanino da Casa de Cultura Mário Quintana, o SINAIT lança os livros Resgates – Organizado pelo Auditor-Fiscal do Trabalho Márcio Leitão, com artigos de Auditores-Fiscais do Trabalho integrantes dos Grupos Móveis de Fiscalização, e Trabalho Escravo na Indústria da Moda no Brasil – organizado pelos Auditores Fiscais do Trabalho Lívia Ferreira e Renato Bignami.

A Auditora-Fiscal do Trabalho Cláudia Márcia Ribeiro e os Auditores-Fiscais do Trabalho Sérgio Carvalho e Renato Bignami participam do lançamento. Todos com vasta experiência em regates de trabalhadores escravizados.

Filme

Também no dia 28, às 17h, o Sinait chama a atenção para o problema do trabalho escravo com a exibição do filme Pureza, que está sendo lançado em todo o Brasil. A sessão de cinema ocorrerá na Casa de Cultura Mário Quintana, na Sala Paulo Amorim.

Com duração de 101 minutos, “Pureza” já foi exibido em 34 festivais. Ganhou 26 prêmios nacionais e internacionais em 17 países: Brasil, França, EUA, Guadalupe, Itália, Rússia, China, Alemanha, Panamá, Bolívia, Marrocos, Cuba, Reino Unido, México, Argentina, Colômbia e Líbano.

Dirigido por Renato Barbieri e produzido por Marcus Ligocki, o filme conta a história de uma mãe em busca do filho, Abel, desaparecido na Amazônia, vítima do trabalho escravo. É baseado na história real de Pureza Lopes Loyola que, durante três anos, desafiou todos os perigos para encontrar seu filho e se tornou um símbolo do combate ao trabalho escravo.

Ela denunciou o trabalho escravo que acontecia no Norte do país para três presidentes da República e em 1997 recebeu um prêmio de Direitos Humanos em Londres.

Desde 1995, quando começou o combate ao trabalho escravo no Brasil, os Auditores-Fiscais do Trabalho já resgataram 57.644 trabalhadores vítimas deste crime.

Debate

Ainda no dia 28, às 18h50, no Mezanino da Casa de Cultura Mário Quintana, ocorrerá um debate com o produtor do filme, Marcus Ligocki, com a Auditora-Fiscal do Trabalho Cláudia Márcia Ribeiro e o Auditor-Fiscal do Trabalho Sérgio Carvalho. Ambos com mais de 20 anos de experiência no Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM), resgatando trabalhadores pelo país.

Atividades do fórum com participação de AFTs

Na quinta-feira (28), às 11h, no Plenarinho da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, a diretora do Sinait Vera Jatobá (PE) participa de Uma roda de conversa com mulheres: a democratização política pelo trabalho delas. Ainiciativa é daAssociação Brasileira de Estudos do Trabalho (ABET) e da Rede de Estudos e Monitoramento Interdisciplinar da Reforma Trabalhista (REMIR Trabalho).

Na tarde de quinta-feira 28, às 14h, o Auditor-Fiscal do Trabalho Vanius Corte (RS) participa do debate “A urgência da revogação da reforma trabalhista: o que temos para o lugar?”, proposto também pelaABET e REMIR Trabalho. Ocorrerá na Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul/ Fórum Democrático.  

FSMJD

O FSMJD é um movimento de resistência, de denúncia, de criação e de luta para a transformação de sistemas de justiça, bem como de consolidação de instituições nele envolvidas e comprometidas com os valores da democracia, da dignidade e da justiça social. É parte integrante do Fórum Social Mundial – FSM. Congrega mais de 190 movimentos e entidades da sociedade civil nos diferentes países onde atuam. Saiba mais aqui.

Confira aqui a programação dos eventos promovidos pelo Sinait no FSMJD.

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