quinta-feira, 21 novembro, 2024
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Chacina de Unaí: o intermediário Hugo Alves Pimenta é preso em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul

Por: Solange Nunes/Edição: Andrea Bochi

Na madrugada desta terça-feira, 13 de fevereiro, foi preso Hugo Alves Pimenta pela Polícia Federal – usando passaporte falso – num voo de Goiânia para Campo Grande (MS). Ele foi um dos intermediários – condenado por contratar os executores do crime – responsáveis pela Chacina de Unaí. Ele estava foragido desde setembro do ano passado, quando foram expedidos mandados de prisão pela Justiça. Na ocasião, foram presos Antério Mânica e José Alberto de Castro. Continua foragido Norberto Mânica. As informações da prisão foram passadas pela procuradora Mirian Lima. 

De acordo com a dirigente do SINAIT Rosa Maria Campos Jorge, a prisão de mais um culpado faz parte do trabalho incansável no Sindicato Nacional por Justiça. “Estamos há 20 anos pedindo Justiça para os nossos colegas mortos na Chacina. Não descansaremos até que o último culpado esteja preso”. 

Rosa Jorge ainda agradece ao empenho da Polícia Federal pela prisão. “É um empenho conjunto por Justiça. Aproveito para agradecer a todas as autoridades envolvidas na prisão. Esperamos que em breve o último culpado seja preso”. 

Chacina de Unaí

No dia 28 de janeiro de 2004, três Auditores-Fiscais do Trabalho e um motorista, todos servidores do Ministério do Trabalho e Emprego, foram mortos durante ação fiscal numa estrada vicinal de Unaí, em Minas Gerais. Desde então, o SINAIT busca Justiça para os colegas e as famílias dos Auditores Nelson José da Silva, João Batista Soares Lage e Eratóstenes de Almeida Gonçalves e do motorista Aílton Pereira de Oliveira. 

São 20 anos de dedicação e luta do SINAIT para que todos os culpados sejam presos. Em setembro de 2023, foram presos Antero Mânica e José Alberto de Castro, mandante e intermediário respectivamente. Nesta terça-feira, 13 de fevereiro, foi preso Hugo Alves Pimenta. Norberto Mânica ainda encontra-se foragido.

É preciso lembrar que, por atuação do Sindicato Nacional, os nomes dos criminosos foram incluídos no código vermelho da Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal), o que significa que podem ser presos por qualquer força policial, independentemente do país onde estejam.

O SINAIT continua pedindo justiça, na luta até que o último culpado esteja preso.

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