Por Cláudia Machado/Edição: Lourdes Marinho
Conhecida também como síndrome do esgotamento profissional a doença de Burnout é um distúrbio emocional, que tem como principais sintomas a exaustão extrema, estresse e esgotamento físico, resultado de trabalho desgastante, que demanda muita competitividade ou responsabilidade. Em 2019 foi classificada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como estresse crônico ligado a um trabalho administrado sem sucesso. Essa nova definição começou a valer oficialmente em 2022.
Em tradução livre burnout vem do inglês burn, que significa queima e out, que quer dizer exterior. Sua principal causa é o excesso de trabalho. Ela é comum em profissionais que atuam sob pressão e com responsabilidades constantes e cada vez maiores.
Com uma definição que a liga especificamente a doença do trabalho, a Síndrome de Burnout acomete atualmente 30% dos trabalhadores brasileiros, de acordo com estudo da Associação Internacional de Gerenciamento de Estresse no Brasil.
Na avaliação de especialistas da área jurídica, a partir do momento em que é considerado doença ligada ao trabalho, poderá gerar aumento de ações trabalhistas na justiça. A questão vem sendo discutida nos tribunais há algum tempo, porém com a ação da OMS, as responsabilidades de empregado e empregador ficam mais claras.
Cabe ao trabalhador provar que está doente e que a doença é fruto de um ambiente de trabalho mal gerido, com cobranças excessivas e desgastes constantes. Ao mesmo tempo, possibilita às empresas criarem um ambiente mais saudável, que permita o diálogo e, desta forma, minimizar os riscos.
Com o aumento no número de pessoas afastadas do trabalho devido a transtornos emocionais, algumas empresas já estão adotando práticas saudáveis e tem sido comum a busca por profissionais de Recursos Humanos para atuar com desenvolvimento, inclusão, diversidade e saúde emocional.
