Auditores-Fiscais do Trabalho de Santos interditaram mais uma operação de carregamento de celulose em um navio atracado no Porto de Santos, na quarta-feira, 22 de maio. A operação apresentava uma série de irregularidades que poderiam causar acidentes graves por queda.
A atividade interditada é do mesmo tipo que a noticiada no mês anterior, mas executada por empresa diferente e inspecionada por outra equipe de fiscais. Ela envolve prender fardos de celulose do caminhão ao guindaste, de modo a içar a mercadoria até o porão do navio. Para realizá-la, os trabalhadores se deslocam de uma plataforma de 3 metros de altura até o topo da pilha de celulose sobre o caminhão e, ali, prendem várias correntes do guincho nos fardos.
Na execução dessas tarefas, os trabalhadores estão sujeitos ao risco de acidente grave por queda. Além disso, as correntes do guindaste e as fitas que prendem os fardos são obstáculos que podem fazer os trabalhadores se desequilibrarem durante a atividade.
Diante desses graves problemas de segurança, as atividades tiveram que ser paralisadas, e o operador portuário deverá adotar medidas para regularizar as condições verificadas para retomar a atividade, visando garantir a integridade física dos trabalhadores e a segurança das operações portuárias.
É importante ressaltar a uniformidade de atuação dos Auditores-Fiscais do Trabalho aos administrados, reforçando a segurança jurídica dispensada ao setor portuário. Contudo, aparentemente trata-se de um problema recorrente nesta atividade econômica, que requer medidas mais amplas de atuação do Ministério do Trabalho.
