terça-feira, 23 abril, 2024
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Auditores recuperam R$ 4,2 bilhões de FGTS não recolhido

A Inspeção do Trabalho recuperou R$ 4,2 bilhões para o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) durante o ano de 2017, por meio de fiscalização em empresas que deixaram de depositar o dinheiro, nas contas vinculadas dos seus trabalhadores. Somente em São Paulo, foram R$ 692.689.841,67.

Para o presidente da Delegacia Sindical do Sinait em São Paulo, Rodrigo Iquegami, o número espelha a expertise e o enorme potencial da Auditoria Fiscal do Trabalho. “Apesar de uma estrutura sucateada e da crônica falta de auditores, os profissionais obtiveram esse resultado expressivo”, apontou ele.

Iquegami é membro da força-tarefa nacional para a fiscalização de Grandes Débitos de FGTS. Somente esta equipe conseguiu recuperar R$ 1.321.809.697,00.

Além do delegado sindical, os auditores Jose Maria Coutinho e Ronaldo Medeiros também integram a força tarefa pelo Estado de São Paulo. Os paulistas obtiveram o maior índice de recuperações do país, seguidos de Rio de Janeiro (R$ 485 milhões), Minas Gerais (R$ 199 milhões) e Rio Grande do Sul (R$ 192 milhões).

AUMENTO
O volume de dinheiro recuperado em 2017 superou em 35,4% o valor de 2016, quando foram arrecadados R$ 3,1 bilhões pela Inspeção do Trabalho. Em 2015, o montante foi de R$ 2,2 bilhões.

Ao todo, 50.596 estabelecimentos foram fiscalizados pela Auditoria Fiscal do Trabalho, que emitiu 19.497 notificações de débito. O maior número de autuações foi no setor do Comércio, que teve 5.348 notificações, em 16.948 estabelecimentos fiscalizados. O segundo maior foi nas empresas da Indústria de Transformação, com 4.080 notificações entre 7.207 estabelecimentos fiscalizados.

Desde a instituição da fiscalização eletrônica, em 2014, a Inspeção do Trabalho tem impulsionado seus resultados. A capacitação dos auditores para utilização de sistemas informatizados, e para a padronização das ações, tem agilizado os processos de fiscalização. Já o cruzamento das bases de dados governamentais, com a base de depósitos efetuados nas contas vinculadas, tem facilitado a identificação das empresas com irregularidades nos recolhimentos de FGTS.

(Por Andre Montanher)

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