Por Solange Nunes, com informações do Hora do Povo / Edição: Lourdes Marinho
Os servidores públicos federais promovem, no dia 18 de janeiro, o Dia Nacional de Mobilização, por reajuste salarial para todas as categorias. Esta será a primeira grande mobilização de 2022 e ocorrerá em frente ao Ministério da Economia, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF).
A mobilização foi aprovada durante reunião virtual emergencial, no dia 29 de dezembro, do Fórum Nacional das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), do qual o Sinait participa. O calendário de luta da categoria conta ainda com indicações de paralisações para os dias 25 e 26 de janeiro, caso o governo federal mantenha o silêncio sobre a reivindicação.
O presidente do Fonacate, Rudinei Marques, afirmou que a greve se deve à necessidade de se garantir o reajuste a todo o funcionalismo e não apenas aos policiais, como pretende o governo. “Nós sabemos que os policiais tiveram assegurado um percentual de reposição. Eles também estão com salários congelados nesse período e a luta deles também é legítima. Mas nós temos que observar que 1,1 milhão de servidores federais também estão com seus salários congelados. Já tem algumas entidades, como os auditores fiscais agropecuários, que já estão parando. A própria Receita está parando”, disse Rudinei.
Mesmo com as paralisações que já iniciaram, como dos Auditores-Fiscais da Receita, os Auditores-Fiscais do Trabalho e os servidores do Banco Central – que também entregaram cargos comissionados – o governo se mantém calado sobre o movimento.
“Nós não queremos paralisar, não queremos fazer greve, não queremos prejudicar a sociedade. Ao contrário, a gente quer a recomposição para que nós possamos continuar entregando o melhor, que nós sempre entregamos, para que a sociedade tenha bons serviços públicos”, destacou Marques.
O presidente do Sinait, Bob Machado, reforça que a categoria dos Auditores-Fiscais do Trabalho está sem recomposição salarial desde 2017. “É uma reivindicação justa que precisa beneficiar todo o funcionalismo público. O Sinait pretende participar e fortalecer todas as atividades e ações em prol da recomposição salarial para o funcionalismo público federal e para a categoria Auditor-Fiscal do Trabalho.”
Recomposição salarial
Os servidores públicos federais estão sem reposição desde 2017. Desde então, a inflação, medida pelo IPCA, já atingiu 27,2%. Isso significa que mais de um quarto dos salários estão defasados.