sexta-feira, 11 outubro, 2024
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Em ato de paz, dirigentes do Sinait e Auditores do Trabalho pedem justiça para Chacina de Unaí, em Belo Horizonte

Por Solange Nunes/Edição: Andrea Bochi

Em ato de paz, dirigentes do Sinait, delegados sindicais dos estados e Auditores-Fiscais do Trabalho pedem fim de impunidade da Chacina de Unaí, nesta terça-feira, 24 de maio, em frente à sede da Justiça Federal, em Belo Horizonte (MG). Dia em que ocorre um novo julgamento de Antério Mânica, acusado de ser um dos mandantes do crime, que matou, em 28 de janeiro de 2004, os Auditores-Fiscais do Trabalho Eratóstenes de Almeida Gonsalves, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva e o motorista Ailton Pereira de Oliveira, todos servidores do Ministério do Trabalho. Acompanharam ainda o ato, as viúvas, Helba Soares, Marinez Lina de Laia e Genir Geralda de Oliveira Lage.

De acordo com o presidente do Sinait, Bob Machado, o fim da impunidade só ocorrerá após a efetiva prisão dos mandantes da Chacina de Unaí. “É uma chaga que não acaba. Precisamos de paz e não há paz na impunidade”.

Destacou que os colegas foram brutalmente assassinados porque não se dobraram ao poder economico e eram honestos. “Por combater o trabalho escravo, trabalho infantil, por fiscalizar as normas de saúde e segurança e o cumprimento das normas trabalhistas, foram mortos”, disse o presidente.

“Injustiça que só poderá acabar com a efetiva prisão dos mandantes”, reiterou. Além de pedir, durante o ato, ao Tribunal, aos jurados e aos juízes que estão julgando o caso na Justiça Federal, que reproduzam o mesmo resultado do julgamento de 2015, quando os mandantes foram condenados a 100 anos de prisão. “É preciso que a pena seja, mais uma vez, efetivada e a justiça aconteça. Estamos firmes e não vamos desistir desta luta”.

Para o vice-presidente do Sinait, Carlos Silva, são 18 anos de atuação do Sindicato Nacional e da categoria para colocar os acusados na cadeia. “Vamos continuar trabalhando até que todos os culpados sejam condenados e cumpram suas penas em regime fechado. Estamos há 18 anos pedindo justiça. Vamos continuar unidos e trabalhando por justiça para os nossos colegas mortos”.

A delegada sindical do Sinait em Minas Gerais, Ivone Baumecker, relembrou o sofrimento que sentiu ao saber da morte dos colegas que foram velados em Belo Horizonte. “Pensei nas famílias e nos filhos dos nossos colegas que não teriam a oportunidade de comportilhar uma vida juntos. É uma situação dificil para todos. Essa injustiça precisa acabar”.

Durante o ato pela paz, a catora lírica Christianne Cotta entoou o hino nacional e outras músicas que destacaram a saudade dos amigos.

No encerramento do ato pela paz, além de reforçar as saudades, o presidente Bob Machado, pediu mais uma vez paz e justiça. “Só haverá paz para as famílias, colegas e amigos, quando for efetivada a condeção e prisão dos mandantes. Não há paz na injustiça, por isso, pedimos mais uma vez a condenção de Antério Mânica”.

Saiba os detalhes do caso na Landing Page do Sinait.

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