Andre Montanher
Auditores-Fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego estiveram nesta quinta-feira (4) no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo-SP, e interditaram o setor de circulação de trabalhadores envolvidos na limpeza, movimentação de bagagens e abastecimento de aeronaves do pátio do aeroporto (pouso e decolagem). Para eles, há risco de acidentes e até de mortes no local.
O passeio do pátio, objeto da interdição, é um importante eixo de trânsito de pessoas que trabalham no aeroporto. Os Auditores apontaram falta de medidas protetivas para o deslocamento dos trabalhadores, configurando risco grave de atropelamento e alta probabilidade de ocorrência de morte.
De acordo com a equipe, esse passeio deveria assegurar um “caminho seguro” dentro do pátio de Congonhas, que é um ambiente laboral – e hoje expõe os trabalhadores a variados riscos. Há 8 meses, uma trabalhadora responsável pela limpeza das aeronaves foi atropelada por um caminhão de abastecimento quando transitava nesse passeio, exatamente dentro dos limites da faixa pintada no solo. Ela não suportou os ferimentos e morreu em decorrência do acidente de trabalho.
A circulação de trabalhadores pelo local somente será liberada pela fiscalização trabalhista se forem comprovadas, pela concessionária responsável pelo aeroporto, as adoções das medidas emergenciais determinadas pelos Auditores-Fiscais do Trabalho. Dentre elas, a instalação de proteções coletivas que reduzam o risco de atropelamentos.