Por Dâmares Vaz/Edição: Andrea Bochi
O presidente do Sinait, Bob Machado, pediu urgência na recomposição salarial das perdas dos servidores públicos do Executivo e apontou que a defasagem remuneratória chega a 27,5%, considerados os últimos quatro anos. O pedido foi feito durante ato público virtual que marcou o Dia Nacional de Mobilização pelo reajuste, na tarde desta terça-feira, 31 de janeiro. Além de Machado, o diretor do Sindicato Marco Aurélio Gonsalves participou da atividade.
O ato foi organizado pelo Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) em parceria com o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) – o Sinait faz parte dos dois grupos. Para quem perdeu ou quiser reassistir, a transmissão está disponível aqui – o presidente do Sinait fala em 1h6m.
Para Bob Machado, “é preciso que o governo tenha sensibilidade para que, junto com os servidores, consiga reconstruir tudo o que foi destruído nos últimos seis anos. E a destruição foi imensa. Nesse momento, precisamos de recomposição emergencial para interromper as terríveis perdas das nossas carreiras. A partir daí podemos seguir no trabalho rumo ao Brasil que queremos”.
Ele cobrou ainda reajuste das parcelas indenizatórias, como auxílio-alimentação, auxílio-creche e a indenização de transporte, que não é atualizada desde 1999 e que afeta muito os Auditores-Fiscais do Trabalho.
O dirigente também comentou a reabertura da Mesa Nacional de Negociação Permanente com os servidores, marcada para o dia 7 de fevereiro. “Tão logo foi possível, em razão da pandemia, retornamos às ruas para fazer a defesa dos serviços públicos e lutamos para conquistar essa mesa de negociação. No governo anterior, fomos chamados de inimigos pelo então ministro da Economia, que pensou ter colocado uma granada no nosso bolso ao nos deixar sem reajuste. Mas, na verdade, a granada foi colocada no bolso do povo brasileiro, com a desestruturação dos serviços públicos e a falta de valorização dos servidores.”
Ele lembrou ainda que, mesmo na pandemia, os serviços públicos essenciais não pararam “Saímos às ruas também para fazer o enfrentamento da pandemia de covid-19, em defesa do povo brasileiro. Muitas carreiras que estão aqui tiveram perdas em razão da sua atividade profissional nessa defesa.”