Andre Montanher
Visando a promoção da saúde mental no ambiente de trabalho, o Siemaco (Sindicato dos Empregados na Limpeza Urbana de Piracicaba e Região) realizou nesta sexta (8) um ciclo de palestras sobre o tema. O evento – “Quebrando Barreiras” – contou com explanação da Gerente Regional do Ministério do Trabalho de Piracicaba, Gabriela Albuquerque, que é diretora do Sinait-SP.
“O Ministério do Trabalho considera urgente o esforço na preservação da saúde mental e física no ambiente de trabalho. Os temas estão intrinsecamente ligados à dignidade do trabalhador e à promoção do trabalho decente”, apontou ela. Sua palestra teve como tema “Olhar do Ministério do Trabalho sobre o Assédio Moral”.
Em sua fala, Gabriela destacou o universo digital, que no ambiente de trabalho pode ser fonte de ansiedade. Ela também discorreu sobre a questão do assédio moral, suas configurações e a legislação trabalhista. “A pandemia da Covid-19 trouxe aumento exponencial do problema, e ainda seguimos combatendo os reflexos dela”, afirmou.
De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), 15% da população do planeta está com a saúde mental afetada. A OIT (Organização Internacional do Trabalho) aponta que a COVID-19 desencadeou um aumento de 25 % na ansiedade e depressão geral em todo o mundo. Em 2020, os governos em todo o planeta gastaram uma média de apenas 2% dos orçamentos de saúde em saúde mental.
EVENTO
O ciclo de palestras do Siemaco também contou com exposição da psicóloga Roberta Borges, que falou sobre a “Promoção da saúde mental no ambiente de Trabalho”. A advogada Glédis de Moraes Lucio, e as diretoras do Siemaco São Paulo – Maria Aparecida Silva, Márcia Adão e Daniela de Sousa Bitencourt Dia – abordaram o tema “Assédio Moral, Assédio Sexual e o Combate ás práticas discriminatórias no Trabalho”.
“Eventos como esse buscam despertar lideranças, equipes de Saúde e Segurança no Trabalho e RH/DP das empresas para um olhar de cuidado com o outro. Investir em treinamentos onde se atente a ambientes sem Assédio Moral, Sexual, ou discriminatório é uma luta de todos”, afirmou a presidente do Siemaco, Renata Souza. “A participação das entidades sindicais nesta questão é fundamental”, concluiu Gabriela.