sábado, 20 abril, 2024
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Amissima é acusada de confeccionar roupas com trabalho escravo

Revista Veja

A grife Amissima foi autuada pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo por contratar ao menos duas oficinas de confecção cujos funcionários eram submetidos à situação análoga à escravidão. O caso foi revelado pelo site The Intercept. As duas confecções prestavam apenas serviços para a marca, o que faz com que as autoridades não tenham dúvidas de que a empresa tinha ciência sobre o que se passava.

Os funcionários, a maioria imigrante, trabalhavam mais de doze horas por dia e viviam no local, com pouca condição de higiene e privacidade. A Amissima repassava 9 reais por peça de roupa confeccionada – cerca de 3 reais ficava com cada operário. Vestidos da marca chegam a custar 1 000 reais. A grife tem lojas nos shoppings de luxo Cidade Jardim e JK Iguatemi. Boa parte de sua propaganda se dá por influenciadoras de moda como Thássia Naves, que chegam a cobrar 30 000 reais por um post patrocinado. Isso fora viagens, presentes.

A Amissima diz reconhecer ter falhado na fiscalização de seus fornecedores, afirma ter pago as indenizações morais e trabalhistas das pessoas envolvidas e ter iniciado um processo de auditoria de toda a cadeia produtiva para detectar eventual problema.

Veja reportagem e vídeo no site The Intercept AQUI:

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